Exú Marabô

Olá a todos leitores!

    Em primeiro lugar gostaria de agradecer o enorme sucesso do nosso blog, que conta com a média diária de acesso de 400 pessoas e já um dos mais comentados nesse seguimento.

Vamos tratar hoje de uma entidade muito conhecida, que se chama Exú Marabô, vamos entender sua origem:

    Nascido em berço rico e de família portuguesa, por volta de 1820, na Bahia é que foi criado o pequeno Emanuel Augusto, seu pai era dono de uma fazendo muito próspera e sua mãe uma dona de casa empenhada. Emanuel cresceu em uma família extremamente católica. Seus pais decidiram quando ele tinha 16 anos que estudaria na capital, o jovem saiu de sua cidade e foi estudar anos depois ele volta para tomar conta dos negócios de seu pai. Emanuel nunca teve sentimentos por nenhuma mulher, apenas as usavam, assim fazia com as escravas de sua propriedade, era uma pessoa muito má, matava e açoitava seus escravos por motivo algum, só para manter o respeito como ele dizia. Pelo menos uma vez por mês voltava a capital para se entregar a jogatina, pela qual ele já era viciado, isso ficou ainda pior com a morte de seu pai. Algum tempo depois já com seus quase quarenta anos, por conta de suas dívidas de jogo e também pela crise que o império passava, ele estava quase falido, contraiu tuberculose, sua mãe já muito idosa, tinha ouvido na cozinha, as escravas comentarem sobre uma senhora negra que morava isolada, próximo a mata escura. Ao pedir que um capataz fosse buscá-la a negra se recusou a ir e disse que ele teria que ele vim a ela, assim a família tratou de levá-lo, Emanuel estava em estado terminal, então a negra disse a ele:

- Voci mercê já está entregue a Ikú, a morte!

- Me ajude... – Falava ele, com a voz fraca e tomada pela tosse.

-O Senhor foi mal pro meu povo, mas eu vou ajudar, sua dívida é grande por demais com a terra, voci mercê matou, abusou do povo nagô, por isso vou prender sua alma por mais 21 luas grandes  e depois disso sua dívida será paga na eternidade.

A negra yorubá levou Emanuel até o profundo da mata, e aos pés de arvore muito velha e cheia de raízes grossas, ela lá firmou o pacto com a natureza e batizou Emanuel de Marabô, aquele que tem o corpo dividido entre os mundos. E assim ele foi curado e conseguiu recuperar sua fortuna.

Após sua morte, teve que retornar através do culto afro descendente, para ajudar o povo que tanto ele maltratou e que por fim tinha lhe dado a vida, Emanuel ficou lá atrás e ele hoje se chama Marabô.

Como agradar Marabô

1 charuto fino

7 Velas Brancas

1 Farofa de farinha de mandioca com Dendê

1 Copo de barro

1 Moringa de barro

1 Garrafa de água ardente

1 Bife de Fígado mal passado.

1 alguidar de barro.

A 1h00 da manhã, em uma entrada de uma mata, leve um alguidar e coloque nele a farinha de dendê, por cima coloque o bife de fígado mal passado, do lado encha a moringa de barro de água ardente e sirva a ele um pouco no copo de barro, dois dedos como a entidade costuma a falar. Acenda as velas em volta da entrega e chame por ele batendo palmas, vire-se e não olhe para trás.